Incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz








Na madrugada do sábado, 25 de fevereiro de 2012, a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) sofreu um grande incêndio que começou na área dos geradores e se alastrou rapidamente, consumindo a maior parte de suas instalações. Dois militares da Marinha do Brasil (MB) morreram no combate ao fogo: o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo não conseguiram sair da praça de máquinas quando as chamas se espalharam. O então Sargento Luciano Gomes Medeiros ficou ferido no incidente.





O sargento ferido era o responsável pela transferência de óleo diesel de um tanque externo para dois tanques de serviço da casa de máquinas, que abasteciam os geradores da estação. Deixando que o procedimento corresse sem supervisão, ele saiu e foi participar de uma festa que acontecia na estação. Como a transferência não foi encerrada em tempo hábil, o óleo transbordou e atingiu a rede de descarga de gases dos geradores (localizada abaixo do piso da sala de máquinas, pode alcançar temperaturas de 500ºC), entrando em ignição em algum momento entre 0h18min e 0h49min, conforme laudo da MB. Em 2016 o Superior Tribunal Militar condenou o já suboficial Luciano a dois anos de prisão em regime aberto.


Havia 59 pessoas na estação no momento do ocorrido: 30 pesquisadores de diversas instituições, um alpinista que dá assistência às movimentações pelo terreno, um funcionário do Ministério do Meio Ambiente, doze funcionários civis do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), encarregados de reparos e manutenção, e 15 militares da MB, o chamado grupo-base, responsável pelo funcionamento das instalações. O alarme de segurança não soou e muitas pessoas estavam dormindo durante o sinistro, mas a base foi rapidamente evacuada. Alguns só puderam levar a roupa que vestiam.










Os quinze militares da MB iniciaram o combate ao fogo, sem conseguir controlá-lo. Não havia um sistema adequado de extinção de incêndios – a equipe chegou a tentar utilizar água do mar, que congelou na mangueira. Naquele momento, ambos os navios brasileiros –Ary Rongel e Almirante Maximiano– estavam em Punta Arenas, no Chile, a mais de 1.400 km de distância. O primeiro ali estava desde janeiro para a realização de reparos, e não poderia ajudar. O segundo zarpou imediatamente, mas sua chegada iria demorar dias.





Os pedidos de ajuda enviados para outras bases e navios estrangeiros na área foram pronta e fartamente atendidos, mas dificilmente poderiam ser efetivos no combate ao incêndio, dadas as distâncias e as dificuldades logísticas envolvidas. Poloneses, chilenos, britânicos e argentinos socorreram o Brasil com seus valorosos auxílios naquele momento difícil.

Os poloneses da estação Arctowski, do outro lado da baía do Almirantado, foram os primeiros a chegar, em dois botes. Eles também tentaram debelar o fogo e levaram o militar ferido para a sua base, onde ele recebeu primeiros socorros. Enviados pelo Chile em dois botes, seis brigadistas levando equipamentos para o combate a incêndio apareceram para se juntar aos esforços. O Chile também providenciou a evacuação dos expedicionários para a base Frei em helicópteros. Mais tarde, marinheiros do HMS Protector, navio de patrulha polar britânico que estava nas proximidades, também ajudaram na extinção do fogo.











A Argentina enviou imediatamente o navio Puerto Deseado, levando máscaras contra incêndio e bombas manuais. O rebocador Lautaro, da Armada de Chile, também foi mobilizado. O Uruguai pôs à disposição o navio ROU 22 Oyarvide, então prestes a chegar à estação Artigas. Além disso, às 10h25min um Hercules C130 da Fuerza Aérea Argentina aterrissou no aeródromo Marsh, da base chilena Frei, para levar os civis e o militar ferido brasileiros até Punta Arenas. De lá, eles retornaram para o Brasil numa aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 26. Com seus helicópteros, a Fuerza Aérea de Chile ainda apoiou o resgate dos corpos dos marinheiros mortos e a avaliação da extensão dos danos pela equipe brasileira. Os restos mortais foram repatriados em um outro avião enviado pela FAB, que no dia 27 pousava na ilha Rei Jorge levando sete peritos que investigariam o sinistro.

Mas ainda havia muito trabalho a ser feito até que os dois navios brasileiros suspendessem da baía do Almirantado, em 07 de abril. Reforçados por outros efetivos da MB, os doze integrantes do grupo-base que sobreviveram ilesos ao incidente permaneceram na Antártida para preparar o fechamento da base durante o inverno, pela primeira e única vez desde 1986. Foi realizada uma primeira remoção dos escombros, com prioridade para resíduos tóxicos –impraticável no inverno polar, a operação foi completada na temporada seguinte. Veículos que sofreram poucos danos foram levados para o Brasil, para manutenção. Quatro integrantes do grupo-base ficaram abrigados na estação Frei durante o inverno, e, se não fosse por esse ato de hospitalidade do Chile, estaria ameaçada a continuidade da presença do Brasil na Antártida, que vem desde a OPERANTAR IV, em 1985-86.





Depois de vinte e oito anos, a Estação Antártica Comandante Ferraz tinha deixado de existir. Cerca de 70% da estação –seus setores mais vitais– foram destruídos. Salvaram-se os refúgios, os laboratórios de química, meteorologia e estudo da alta atmosfera, a estação de rádio de emergência, o heliponto, os tanques de combustível, os módulos de captação de água doce e outras estruturas destacadas da estrutura principal. O prejuízo financeiro foi mais tarde estimado em R$ 24 milhões.

Na época do sinistro, o Brasil desenvolvia cerca de 20 projetos de pesquisa na estação. Muitos deles não foram interrompidos, pois operavam a partir de outras plataformas: de acampamentos e refúgios situados nas ilhas próximas, dos navios da MB, do módulo automatizado Criosfera 1 (então recém inaugurado, situado no platô antártico), ou a partir de estações estrangeiras.

No verão seguinte as operações foram adaptadas. A maioria das investigações científicas foi retomada já na Operação Antártica 2012-13 (OPERANTAR XXXI), maior mobilização logística organizada pelo Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) até então, realizada com cinco navios. Em março de 2013 os destroços do incêndio haviam sido removidos e uma estação provisória estava instalada e pronta para o inverno. Além disso, como prova do espírito de cooperação existente entre duas nações antárticas e vizinhas, nas temporadas seguintes ao sinistro a Argentina franqueou ao Brasil o uso de sua base Cámara, na ilha Meia Lua, a cerca de 90 km da baía do Almirantado.

O incêndio da estação Ferraz não foi o primeiro (ou o último) ocorrido no continente, nem foi o mais dramático *. O ar muito seco, a freqüente incidência de ventos fortes, a ausência de água em estado líquido, combinados com o isolamento e a eventual impossibilidade de resgate fazem com que o fogo possa ser desastroso na Antártida, mas nem todos esses fatores estiveram presentes no incidente em Ferraz. Houve outros aspectos que foram mais determinantes no resultado.

Na época, muitos criticaram o fato de que havia uma festa, com bebidas alcoólicas, no momento do incidente, por certo desconsiderando que a situação de isolamento geográfico requer ações que promovam o reforço dos laços sociais dentro do grupo, e que a bebida cumpre um papel importante ao favorecer as interações dos integrantes da equipe. A realização de festas e o consumo de álcool na Antártida são muito mais comuns do que essas pessoas imaginam – em algumas estações, por incrível que possa parecer, existe inclusive fabricação de cerveja. Por outro lado, se é certo que a conduta do responsável pelo combustível da sala das máquinas foi o que desencadeou o sinistro, também é verdade que o funcionamento dos sistemas de alarme e de combate a incêndio não poderia ter sido mais ineficaz. Mas o que contribuiu sobremaneira para o desfecho foi a posição da casa de máquinas: dentro da base. Se os geradores ficassem em um prédio independente, como é costume na Antártida, a estação não teria sido destruída em sua quase totalidade.





Na grande maioria das estações de pesquisa do continente austral, os geradores são mantidos a boa distância do restante das instalações, tal como os tanques de combustível. Além disso, a redundância é um fator muito importante para as operações antárticas (especialmente no inverno), e por isso as bases geralmente possuem uma praça de máquinas sobressalente, bem como alojamentos de emergência, com roupas e comida suficientes. Os russos certamente têm bem claro na memória o inconveniente que pode ser a manutenção dos geradores secundários no mesmo local onde ficam os principais **.

O risco representado pela localização da sala das máquinas já havia sido informado por pesquisadores da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) à MB, conforme este vídeo; na verdade, porém, não há razão para se duvidar que esse dado já fosse do conhecimento do PROANTAR há muitos anos. Trata-se de algo muito grave, que reflete a falta de planejamento espacial e funcional ao longo da expansão da EACF.

O parque de geradores da nova EAFC também será integrado à estação, ficando junto à garagem. Embora essa não pareça uma boa opção, sabe-se que o futuro sistema de proteção contra incêndios será muito mais eficiente que o anterior, com sprinklers, portas corta-fogo e saídas de emergência espalhados pela base. De todo modo, é necessário que haja redundância dos elementos cruciais à sobrevivência naquele lugar inóspito: geração de energia, acomodações, alimentação e vestuário.

Apesar das duas mortes e dos grandes prejuízos, é de certa maneira um alívio que o incêndio tenha acontecido ainda dentro da temporada de verão, pois não faltou ajuda aos expedicionários. Se o incidente tivesse ocorrido no inverno polar (entre abril e outubro), o resultado poderia ter sido trágico, já que o socorro seria muito difícil. Há informação de que os chilenos mantém um helicóptero no aeródromo Marsh (base Frei) durante o ano inteiro, mas, se o resgate por esse meio não fosse possíveltalvez a equipe se visse por sua própria conta. O mar congela e não permite a aproximação de navios (exceto, talvez, de grandes quebra-gelos, em uma viagem que demoraria vários dias, sendo o tempo um fator crucial em tal situação). Todo o caminho desde Ferraz até a base do Chile precisaria ser feito através de cerca de 40 km de um terreno íngreme e perigoso, com picos congelados, geleiras, fendas no gelo e muita neve. 

Afinal, o ano de 2012 se revelou cruel para a presença brasileira na Antártida: além do incêndio da estação, também ocorreram dois naufrágios: o de uma chata carregada de óleo para a EACF e o do iate privado Mar Sem Fim (a boa notícia do ano foi a instalação do módulo Criosfera 1 no platô antártico). Da parte do PROANTAR, espera-se que as respectivas lições tenham sido aprendidas, pois o Brasil ainda tem muito a se expandir pelo continente austral. No futuro, o país se convencerá da necessidade de ter pelo menos uma segunda base no continente, tal como já fizeram Coreia do Sul, Índia, Espanha, Itália e até mesmo o Uruguai. Nesse caso, precisará sair da “zona de conforto” representada pela região das ilhas Shetland do Sul, que já está saturada com quase vinte estações de pesquisa e que, por ser bem setentrional, é jocosamente chamada de “Antártida temperada”.




* Muitos incêndios ocorreram ao longo da ocupação da Antártida. Adiante, vão alguns casos conhecidos, mas é possível que tenha havido vários outros ao longo dessa história centenária.

Em julho de 1899, durante a expedição de Carsten Borchgrevink a serviço da Coroa britânica, a primeira a invernar na parte continental da Antártida, uma vela deixada acesa causou danos significativos na cabana do cabo Adare, Terra de Vitória, mas ninguém se feriu.

Em novembro de 1948, na base D britânica, localizada na baía Esperança, extremo norte da Península, um incêndio causou duas mortes e destruiu o prédio da estação, conhecido como "Eagle House". O único sobrevivente do pequeno grupo esperou por 16 dias até a chegada do socorro.

Em janeiro de 1952, a estação francesa de Port Martin, na Terra Adelia, ficou quase completamente destruída por um incêndio. Ninguém se machucou ou morreu, mas a equipe foi obrigada a invernar no continente austral porque havia sido deixada lá no início do mês, e não haveria mais transporte naquela estação. Eles conseguiram ir por via marítima até a ilha Petrel, a 62 km de distância, onde havia uma pequena estação secundária (base Marret) que afortunadamente havia sido construída naquele mesmo verão e estava sendo ocupada por quatro expedicionários.

Em 1958 e 1959, incêndios atingiram os geradores da base australiana Mawson, situada na Terra de Mac. Robertson.

Em 1964, o laboratório principal da estação Hallet, situada na Terra de Vitória e operada conjuntamente por Estados Unidos e Nova Zelândia, foi destruído por um incêndio. A base, que era permanente, passou a funcionar apenas no verão, até ser abandonada, em 1973.

Em 1967, a base chilena Aguirre Cerda, ilha Decepção, nas ilhas Shetland do Sul, foi destruída em função de uma erupção vulcânica. Ninguém se feriu, mas as instalações precisaram ser abandonadas.

Em dezembro de 1971 a base N britânica, na ilha Anvers, situada na margem oeste da península antártica, pegou fogo enquanto estava sendo reformada. Não houve feridos.

Em agosto de 1978, a capela da estação norte-americana McMurdo (Chapel of the Snows), na ilha de Ross, foi destruída pelo fogo que se iniciou na sala do aquecedor. Até a inauguração de um novo edifício, o que só ocorreu em 1989, o serviço religioso seguiu funcionando em instalações provisórias (uma cabana do tipo quonset). Esse edifício provisório queimou completamente em maio de 1991, quando já tinha outra utilização, sem que se soubesse da causa. Antes disso, em outubro de 1981, essa mesma quonset hut foi criminosamente incendiada por um suboficial da Marinha norte-americana que tentou abreviar sua estada lá. O fogo não causou grande dano à cabana, reparada em seguida. Nenhum desses três sinistros deixou feridos.

Um outro incêndio intencional aconteceu em abril de 1984, na estação argentina Brown, no oeste da península antártica. O médico da base ateou fogo às instalações porque fora obrigado a invernar pelo segundo ano seguido na Antártida. Os danos foram significativos, mas não houve feridos e o navio norte-americano RV Hero resgatou o pessoal argentino.

Em setembro de 2001, na base britânica Rothera, na ilha Adelaide, costa ocidental da península antártica, o laboratório marinho Bonner foi consumido pelo fogo causado por um curto-circuito. Ninguém se feriu.

Em fevereiro de 2005, por incrível que pareça, foi o próprio quartel de bombeiros do aeródromo Marsh da base Frei que pegou fogo, ficando totalmente destruído (não consta que houve vítimas).

Em setembro de 2005, o edifício principal da base argentina Belgrano 2 foi destruído por um incêndio que não deixou nenhuma vítima.

Em outubro de 2008, um incêndio destruiu o completamente prédio principal da estação russa Progress II, nas montanhas Larsemann, Terra da Princesa Isabel, com um morto e dois feridos graves. O equipamento de rádio foi perdido e o contato só foi restabelecido depois de quatro dias, mas a base chinesa Zhongshan, a menos de 2 km de distância, prestou auxílio aos russos.

Em 11 de abril de 2009, o ginásio esportivo da base Frei foi atingido pelo fogo. A estrutura foi substituída por um domo desmontável, que ainda permanecia em uso até meados de 2018.

Em maio de 2009, o A Frame Hut, prédio histórico de 1971 na base neozelandesa Scott, na ilha de Ross, pegou fogo durante trabalhos de manutenção. A cabana ficou inteiramente queimada mas ninguém se feriu seriamente.

Em 16 de dezembro de 2015, incendiou um depósito da Dirección Nacional del Antártico (DNA, órgão que coordena as campanhas antárticas argentinas) na base argentina Marambio, na ilha Seymour, próxima à ilha James Ross, entre o mar de Weddel e a península antártica. Não houve feridos.

Em 12 de julho de 2018, a Estación Marítima Bahía Fildes, sede da Gobernación Marítima de la Antártica Chilena, junto à base Frei, foi totalmente incendiada, sem feridos.




** Em 12 de abril de 1983, a estação soviética Vostok passou por um incêndio que teve início na casa das máquinas. Diferentemente do que ocorreu no caso brasileiro, na estação soviética os geradores estavam localizados em um edifício separado da área residencial da base. Contudo, para grande infelicidade dos expedicionários, os geradores de emergência estavam junto dos principais e também foram consumidos pelo fogo, que vitimou uma pessoa. As chamas chegaram a ameaçar o depósito de combustível, mas uma mudança na direção do vento impediu uma tragédia irreversível. Extintores de incêndio não funcionaram e não havia máscaras contra fumaça disponíveis.

Vostok fica em pleno platô antártico, a mais de 1.200 km da costa, e naquela época do ano não havia mais resgate possível, em função da noite polar, dos fortes ventos e das baixíssimas temperaturas. Na época não havia presença humana em um raio de mais de 1.000 km, e o próximo transporte só viria em novembro: era o comboio sobre lagartas para o ressuprimento anual, que levava seis semanas para chegar da estação Mirny.

A base está situada naquele que é considerado o ponto mais frio do planeta, onde chegaram a ser registradas temperaturas de quase -90º C, e sem suprimento de energia era necessário agir muito rápido. Toda a tripulação mudou-se para um prédio equipado com um pequeno aquecedor a querosene, levando todas as provisões possíveis. 20 homens espalharam-se por beliches em três pequenas salas e dividiram um espaço exíguo por vários meses.

Mais tarde, os soviéticos conseguiram consertar e recolocar em funcionamento dois velhos geradores a diesel. Havia combustível e havia demanda de energia (para o aquecimento constante, o derretimento de neve e a preparação de refeições), mas os meios disponíveis eram parcos. Para se esquentar, os expedicionários faziam espécies de tochas embebidas em óleo diesel, mas o comburente, que continha fibras de amianto, não queimava completamente por causa da rarefação do ar no local – a quase 3.500m de altitude. Quando foram resgatados, em 23 de novembro, os homens estavam cobertos de fuligem.

Era feito um revezamento na vigilância dos aquecedores, por causa do perigo de um novo incêndio, que nesse caso certamente seria fatal para o grupo. Apesar das terríveis condições, o trabalho científico não parou. Foram feitas observações meteorológicas e outras pesquisas foram continuadas, como a perfuração do manto de gelo que teve início em 1970 e somente foi concluída em 2012. Esse estudo, que está revelando o lago Vostok, um corpo de água líquida abaixo de mais de 3.700 m de gelo, é uma das maiores aventuras científicas já empreendidas. Naquele ano, mesmo com todas as dificuldades, a perfuração avançou cerca de 90 m.

Quando o comboio proveniente da estação Mirny chegou, trazendo combustível e provisões, também levava geradores novos. Uma nova casa de máquinas foi prontamente erigida, mas dessa vez as máquinas sobressalentes foram instaladas em local afastado.



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FONTES:






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